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o lugar interior do real


Posso chegar a um espaço vazio qualquer e usá-lo como espaço de cena. Uma pessoa atravessa esse espaço vazio enquanto outra pessoa observa – e nada mais é necessário para que ocorra uma acção teatral.
[...]
No teatro, cada forma alguma vez criada é mortal; todas as formas precisam de ser recriadas com as marcas das influências de tudo o que as rodeia. Neste sentido, o teatro é relatividade. E apesar disso, o grande teatro não é uma casa de moda: há elementos perpétuos que são recorrentes e determinados elementos que estão sempre subjacentes à actividade dramática. A armadilha mortal consiste em acentuar a distinção entre as verdades eternas e as variações superficiais: esta é uma atitude de snobismo subtil que se revela fatal.

[O Espaço Vazio, Peter Brook, 1968]

É da acção da arquitectura a revelação – desocultação – do ‘espaço vazio’, teia invisível, que nos liga ao mundo. É aí que somos no mundo.
À manifestação minuciosa da nossa diferença, segue-se a distância percorrível, mais ou menos feliz, mais ou menos dolorosa, do que nos une.



para o Rúben Tiago

| João Amaro Correia | 10.6.09 |   | / /

próxima estação: terreiro do paço


[Eugénio dos Santos, Carlos Mardel, circa 1760]

| João Amaro Correia | 1.2.09 |   |

architectural compass


[Learning From Las Vegas, Robert Venturi, Steven Izenour, Denise Scott Brown, 1972]

| João Amaro Correia | 27.1.09 |   | /

2008


[Fundação Iberê Camargo, Álvaro Siza Vieira, Porto Alegre]

| João Amaro Correia | 27.12.08 |   |

do cliente, da estrutura, do engenheiro: da obra


[Apartamento JMD, estrutura da escada, Eng. Luís Maneta]

| João Amaro Correia | 25.11.08 |   | /

lote_2


implantação


planta piso 0


planta piso 1



planta cobertura





















[lote2, S. Mateus da Calheta, Angra do Heroísmo, 2005.2008]

| João Amaro Correia | 30.9.08 |   |

& now, live from firminy, france*


[Eglise Saint-Pierre, Le Corbusier, Firminy]

*Obrigado, Arqtº. Pedro Pinho Neves, pela foto e pela noite de Reyes.

| João Amaro Correia | 27.9.08 |   |

paveseana#2

A obra equivale à oração, porque nos põe em contacto com os que dela tirarão proveito. O problema da vida é, portanto, o seguinte: como romper com a nossa solidão, como comunicar com os outros.

[Cesare Pavese, Ofício de Viver]

| João Amaro Correia | 3.9.08 |   | / / /

inch of nature#2


Tens sangue, respiras.


[Perceptual Displacements, Snøhetta, 2008]

| João Amaro Correia | 5.8.08 |   | /

vaguely urban



[Unité, Tom Sachs, 2001]

via Antitect

| João Amaro Correia | 16.7.08 |   | / /

o nome do que é


A propósito dos nomes, do mosaico “Eu sou o que Sou”, Borges menciona o pensamento mágico de alguns povos primitivos para quem o nome – revelado ou não – transportava não apenas um símbolo do homem mas antes era "parte vital" do homem. Como se fosse o nome o que é.
Como arquitectura e a revelação dos lugares, das coisas, e dos homens no mundo, o nomear poético arquitectónico é mais um vínculo – ontologia – dos homens com o mundo, do mundo com os homens, das coisas em geral. Muito para além de arbitrária mediação simbólica, a arquitectura como dimensão da substância existencial.

| João Amaro Correia | 2.7.08 |   | /

desaparecimento


Le monde est fait pour aboutir à un beau livre.

Mallarmé


Não interessa a cosmogonia deste aforismo. O universo como um livro perante os nossos olhos impacientes de conhecimento. Interessa mais a fina deslocação ética. O amor à fixação e à passagem infinita da história, pelos homens circunstanciais. O recolhimento subtil das coisas, e nomes, que se juntam em folhas.
Como arquitectura. Que recolhe, hábil, violenta e delicada, as circunstâncias dos homens, dos lugares, do tempo, na sua forma. Que re-significa o que já é. Que o torna – transforma – noutro ser. Que faz, labora, o ser do que ainda é potência. Que abre em si outro(s) mundo(s) através da incisão severa que opera no mundo. Ela própria representação do mundo.

| João Amaro Correia | 1.7.08 |   | /

remain in light#3


(a metáfora é de Borges)
queimar livros
erguer muralhas


[Palácio de Cnossos, 2000 A.C]

| João Amaro Correia | 28.6.08 |   | / /

remain in light#2


Giovanni Battista Piranesi



Daniel Libeskind, Chamber Works, 1983



Álvaro Siza Vieira, Fundação Iberê Camargo, 2000/2008

Mais le poète au cours de sa promenade professionnelle, en prend de la graine à raison : « Ainsi donc, se dit-il, réussissent en grand nombre les efforts patients d’une fleur très fragile quoique par un rébarbatif enchevêtrement de ronces défendue. Sans beaucoup d’autres qualités, — mûres, parfaitement elles sont mûres — comme aussi ce poème est fait.
Francis Ponge, Les Mûres

| João Amaro Correia | 25.6.08 |   | / /

remain in light


Um certo tipo de vida quotidiana, (horas fixas, formas e locais de oração), somos feitos de hábitos.

[Brick House, Caruso St. John, Londres, 2001/2005]

| João Amaro Correia | 24.6.08 |   | / /

na óptica do utilizador

Lote2, Lote3, Lote4, Lote12.

::da impossibilidade de crítica da arquitectura::
::memória [in]descritiva::


Obrigado, A.

| João Amaro Correia | 3.6.08 |   |

khôra [abrir janelas]

São as propriedades de fechamento dos lugares que determinam o modo como estes se abrem.

| João Amaro Correia | 27.5.08 |   |

khôra [abrir janelas]

A luz é invisível. A sua origem não.
A origem é o acidente ainda ausente ao princípio.

| João Amaro Correia | 22.5.08 |   |

improbabilidade (&) estatística

O paradoxo do arquitecto, e para além dessoutro paradoxo concupiscente que é laborar na condição de puta e de mãe ao mesmo tempo, é desocultar a(s) matéria(s) arquitectónica(s), a física e a metafísica, pela geometria. É querer compreender o Mundo, o caos, num mundo de precisão rigorosa e severa. Como se Euclides e Freud se juntassem numa mesa improvável.

| João Amaro Correia | 21.5.08 |   |

p#26


p#002

| João Amaro Correia | 3.3.08 |   |