desaparecimento
Le monde est fait pour aboutir à un beau livre.
Mallarmé
Não interessa a cosmogonia deste aforismo. O universo como um livro perante os nossos olhos impacientes de conhecimento. Interessa mais a fina deslocação ética. O amor à fixação e à passagem infinita da história, pelos homens circunstanciais. O recolhimento subtil das coisas, e nomes, que se juntam em folhas.
Como arquitectura. Que recolhe, hábil, violenta e delicada, as circunstâncias dos homens, dos lugares, do tempo, na sua forma. Que re-significa o que já é. Que o torna – transforma – noutro ser. Que faz, labora, o ser do que ainda é potência. Que abre em si outro(s) mundo(s) através da incisão severa que opera no mundo. Ela própria representação do mundo.
about this entry
currently reading desaparecimento.
- published:
- on 1.7.08
- category:
- arkitekton, poíesis
- previous:
- Older Post
- Next:
- Newer Post