a ecologia como religião, a estética como aberração [desperdício, já não dimensão]
[California Academy of Science, Renzo Piano, 2008]
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25.9.08
se colocarmos as coisas nesses termos, não. não gostei.
por razões talvez um pouco cínicas, mas não tanto como o edifício, no qual o nicolai ouroussouff ) (http://www.nytimes.com/2008/09/24/arts/design/24acad.htmlencontra um cálido amparo numa arquitectura recheada de feitos tecnológicos suportados por uma espécie de back to basics que seria o regresso ao "projecto modernista" - iluminista -da simetria e da clareza espacial.
parece-me que há aqui o desejo de dois mundos emparedados numa utopia melancólica: o regresso à "natureza" - como se a arquitectura, e de resto toda a actividade civilizadora, uma luta contra a natureza, ou mais subtilmente com a natureza; o regresso à crença no progresso das ideias como redenção da humanidade. sofisticadamente camuflado com ervas na cobertura.
presumo que isto ou seja uma fuga para a frente ou um desesperante pessimismo estético.
nos dois casos falha-lhe a alegria. -
25.9.08
não sei se tem tanto a ver com o que dizes, não sei bem explicar, mas eu também acho o edifício algo triste (sem "aquela" alegria...)
contra a simetria, moderna, clássica, não tenho nada (desde que "justificada" pelo "programa", ou melhor, pela sua "interpretação")
o "projecto(moderno)verde" como desculpa é uma eco-chachada
teria sido um edifício "importante" (para a história das ideias da arquitectura) se tivesse sido construído lá pelos finais de 60, ou, o mais tardar, pelos princípios de 70
tem a-parecido em tudo quanto é sitio, que (parece que) é o interessa...