desaparecimento


Le monde est fait pour aboutir à un beau livre.

Mallarmé


Não interessa a cosmogonia deste aforismo. O universo como um livro perante os nossos olhos impacientes de conhecimento. Interessa mais a fina deslocação ética. O amor à fixação e à passagem infinita da história, pelos homens circunstanciais. O recolhimento subtil das coisas, e nomes, que se juntam em folhas.
Como arquitectura. Que recolhe, hábil, violenta e delicada, as circunstâncias dos homens, dos lugares, do tempo, na sua forma. Que re-significa o que já é. Que o torna – transforma – noutro ser. Que faz, labora, o ser do que ainda é potência. Que abre em si outro(s) mundo(s) através da incisão severa que opera no mundo. Ela própria representação do mundo.


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